31 DE AGOSTO DE 2016: ASSASSÍNIO DA DEMOCRACIA BRASILEIRA
Neste último dia de agosto de 2016, um golpe nefando apelidado de impeachment, consumado por uma caterva de políticos comprados por facções inidentificadas, um golpe nefando consumou o esbulho que atingiu a heroína DILMA VANA ROUSSEFF e os seus 54 milhões de eleitores.
A desculpa, mais do que esfarrapada, para o “golpimpiche”, foi algo imaginário batizado de “pedaladas fiscais”, vulgo “crimes de responsabilidade fiscal”, que teriam sido cometidos no governo da presidenta martirizada.
Afinal, o quê, quanto e quem ganhou com as fictícias “pedaladas fiscais”? E quem perdeu? O capitão do golpe e cafetão dos congressistas, teria se frustrado porque esperava, e não levou, nenhum “cala-a-boquinha” na conta suíça da bilionária lavanderia de dinheiro em nome do Michelzinho, herdeiro e depositário da mega-sênica fortuna acumulada pelo paizão sortudo?
Da quadrilha temerária que tomou de assalto o país, entre mentores e executores do golpe, há entidades de dentro e de fora do Congresso Nacional.
A espalhafatosa inciativa do golpe, foi golpe sim, partiu de uma dupla de juristas histéricos –imaginavam-se históricos, os presunçosos, dopados por cocaína rimada e achocolatada- quem sabe se por megalomaníaco exibicionismo, ou se para angariar clientes ricos, ou ainda se por ambição política, de repente um ministe(mer)riozinho, como recompensa pelo puxa-saquismo, pois por idealismo é que não foi.
Teve sequência na Câmara Federal e no Senado, com muitas de Suas Excelências turbinadas, ou propinadas, por milhões de reais incentivos, para a decretação do “impiche”.
Culminou com a posse usurpadora do vice embusteiro, embustemer, vampiro sanguessuga da República, “eleito” sem um mísero voto, mas pendurado nos 54 milhões de votos recebidos pela agora sacrificada Dilma.
Se integrava a mesma chapa, Dilma/Temer por que este pilantra não foi também impedido? Desconfio – ou deveria ter certeza? – de que muita grana suja (e põe muita e põe suja aí) estufou a cueca já suja dos golpistas. A Dilma não pode, mas o Temer pode (assumir)… É ou não é, piada de salão, o Temer capitão? Não é piada não, é verdade, repito, capitão do golpe e cafetão do Congresso.
Certa vez, amuado como criança mimada que não ganhou o doce pretendido, choramingou que não era convocado para reuniões e por isso sentia-se uma peça decorativa, um vice decorativo, tadinho do meninão… Por vingança, ingrato e traidor, rompeu com Dilma, que o ajudou a chegar, mesmo sem mérito, à posição alcançada.
Antes chorão, agora é valentão, pensa que intimida os seus críticos, bravateando aos quatro ventos que não leva ofensa para casa. Gostaria de ver a sua valentia no meio da multidão gritando “fora Temer”, sem a presença da Polícia Militar. Ele e o seu chanceler sonâmbulo afirmam que os protestos são de “grupos mínimos, mini mini mini”; na contabilidade deles, milhares de manifestantes equivalem a meia dúzia de gatos-pingados.
No dia 7 de setembro, em Brasília, durante o desfile militar, ficou na tribuna sem usar a faixa presidencial (vergonha, reconhecendo que não era digno dela?), e quando circulou pela pista, não o fez em carro aberto, para ver e ser visto, mas como que escondido, em carro fechado. Medo de uma improvável ovação, chuva de ovos e não de aplausos?
O embusteiro ainda tem a petulância de exigir que não se fale em golpe, e sim em impeachment, pois para ele, golpe dado por político menor é impeachment, assim como crime cometido por assassino menor é ato infracional. Agora, só falta aparecer um legislador para decretar que ovo choco já é pinto…
Como tungaram só o mandato de Dilma, e não suspenderam os seus direitos políticos, um ex-presidente que, apavorado diante da pressão popular (fora, Collor), renunciou ao cargo, fugiu da raia, mas mesmo assim ficou inelegível por 8 anos, esse ex-presidente agora senador, engrossando a malta dos carrascos de Dilma, esbravejou na tribuna, queixando-se de dois pesos e duas medidas, que Dilma também deveria ter os seus direitos políticos suspensos.
Ora, são duas situações diferentes, até opostas. Ele, escorraçado pelo povo, fugiu. Ela, massacrada pelos vendilhões da Pátria, resistiu. Dois pesos e duas medidas, sim.
O traidor golpista não conspira sozinho. Conta com uma poderosa e multifacetada retaguarda. É sustentado e manipulado por forças ocultas antidemocráticas, que procuram incriminar Lula a tudo custo, para evitar que o pau-de-arara operário com muita honra, um dos melhores presidentes que o país já teve, seja candidato em 2018. Sua vitória seria certa, uma barbada.
Esse sonho só se concretizará, caso até lá não consigam prender Lula, e Dilma recupere o cargo que lhe roubaram.
Porém, com Dilma fora de cena e Lula perseguido sem trégua, os golpistas livram-se de dois obstáculos, matam dois coelhos não com uma, mas com muitas cajadadas, e deixam o caminho livre para os aventureiros de todos os naipes.
Estão promovendo o covarde e desumano linchamento político de uma mulher honrada. O beneficiário-mor do golpe e seus asseclas que se cuidem. O povo não é bobo, e sua paciência tem limite…