UM CRIME REVOLTANTE

 

UM CRIME REVOLTANTE

Aconteceu há poucos dias, em São Paulo, capital, lá no bairro central do Bom Retiro.

Um homem humilde de idade meio avançada que trabalhava duro catando papelão pelas calçadas da vizinhança, para ajudar no sustento da família, esse homem honesto, quando conduzia com esforço a sua carroça superlotada de papelão, rumo ao destinatário do material, esse homem honrado foi de repente atingido no pescoço por uma flecha assassina, e morreu no local.

Testemunhas indicaram aos policiais a casa de onde partiu a flecha assassina. O morador, autor do disparo, um brasileiro descendente de sul-coreanos, conhecia a vítima. Ele reagiu e resistiu com extrema violência aos policiais que o dominaram e prenderam, e também apreenderam a arma mortífera, um verdadeiro mecanismo de guerra, um arco próprio para brutais caçadas de inocentes animais selvagens.

Ao saber que poderia ser condenado a 30 (trinta) anos de prisão pelo assassinato, referindo-se à pena e à vítima, ainda debochou, ao que parece: “trinta anos! um mendigo!” Cruel e cínico…

Não se tratava de nenhum mendigo, mas de um trabalhador brasileiro, honrado, honesto e humilde, levado para sempre da família e dos amigos.

E se fosse mesmo um mendigo, poderia ser morto assim, sem mais nem menos, por um monstro que não merecia ter nascido nesta generosa terra brasileira?

Qual é a profissão, profissão honesta, desse assassino, para ser proprietário de um carro aparentemente luxuoso, que ele alega ter sido arranhado pela carroça da vítima? É um trabalhador sério, ou um contrabandista de armas e de drogas, integrante da máfia de alienígenas que aqui vivem nababescamente, do crime organizado, enquanto os nativos da terra sobrevivem mal-e-mal, do trabalho suado?

Um cidadão brasileiro prestativo e produtivo, morreu assassinado. Um meio-estranja vagabundo e criminoso, está vivo…

Que pena, que castigo merece um criminoso cruel como esse ingrato filho de estrangeiros? O monstro acha que não fez nada de mais ao tirar a vida de alguém que ele julgava ser um mendigo, como se a triste condição de mendigo fosse condenável.

Se depender só da minha vontade, ele não merece passar 30 (trinta) anos na cadeia.

Merece menos de (trinta) dias, morto com 30 (trinta) flechadas.