DA POESIA À BAIXARIA

DA POESIA À BAIXARIA

DEBATE RESPEITOSO

(LA NOBLESSE OBLIGE)

O PROTOCOLO MANDA, A BOA EDUCAÇÃO (?) CUMPRE

Tratam-se por Vossa Excelência.

Vossa Excelência é um ladrão safado!

E vossa Excelência é um cornudo assumido!

 

Vossa Excelência é um fdp (fedepê?)!

E Vossa Excelência vá para pqp (pequepê?)!

 

Um gaiato, na plateia de uma das augustas casas legislativas, Câmara ou Senado, tanto faz, onde comparecia só para se divertir (para ele, aquilo era como um circo moderno, porque agora só resta a saudade dos alegres circos de antanho – falei bonito?), ao ouvir o “elogio” pqp, comentou com outro pândego que ali fingia aplaudir a baboseira dos orgulhosos oradores:

“pqp? pequepê? é por que parou? Mas parou por quê?”

Um respeitável parlamentar, para lamentar, ouvido atento, vestindo a carapuça, respondeu:

“Parei porque estou cansado de não fazer nada, ora bolas! Não venha encher o saco da gente, quero que venha encher o bolso da gente, com dinheiro, claro, pode ser em dólar, enche que eu gosto!”

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– Cara, você é desonesto, não repartiu o pixuleco com a gente.

-Você? mais respeito comigo, ô colega!

– Tá bom, desculpe-me. O senhor é desonesto.

– Assim é que se fala. Muito obrigado. Gosto que me chamem de senhor, com respeito.

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Onde, em que sessões solenes, essas cenas corriqueiras acontecem?

Um “duece de cueco” (como falava um sujeito, ou por gozação, ou porque se julgava fluente no idioma de Cervantes), para quem adivinhar…

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O ABOMINAVEL HOMEM DAS NEVES

Como não aprecia a vida bucólica lá das montanhas alterosas, e enjoado do calor das praias cariocas, o neto tresmalhado foi buscar refresco, onde? Num frigorífico, e acabou entrando numa fria.

Para desviar, dos próprios malfeitos, a atenção geral, nas sombras, mancomunado com parceiros de farras criminosas, logrou na LAVA JATO a condução coercitiva do LULA, candidato imbatível na próxima eleição presidencial.

O tiro, porém, saiu-lhe pela culatra. Os conspiradores, despojados de seus cargos, com a parentalha cúmplice, estão sentido o gosto, não o gosto doce da cana, cana de açúcar, mas o gosto amargo de outra cana, cana de xilindró, ó!

Queriam prender o LULA? Acabaram presos.

O feitiço virou contra o feiticeiro…

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EMBUSTEMER

Caiu a máscara do traidor golpista.

Acabou gravado e desmascarado.

A bravateia: “não renunciarei! Não renunciarei!”

Será “renunciado”, escorraçado pelo povo que não é bobo: “FORA TEMER!”

Amigo íntimo do bandidão CUNHA, deveria há muito tempo estar fazendo companhia a ele, conduzido pelo Japa da Federal, lá no presídio de Curitiba.

Recebeu visitas comprometedoras de comparsas, em palácio, na calada da noite, para tratar de assuntos alheios ao governo, quem sabe aos goles de muito uísque e ao som de La Cumparsita…

Alega, quase chorando, que a gravação foi clandestina!

Porque a gravação foi clandestina, o que ele declarou, não vale nada?

Clandestina ou não, ele disse ou não disse, tudo aquilo que disse?

Vá catar coquinho, ou aliviar-se fazendo cocozinho, engana que a gente gosta…

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JUSTIÇA TARDA E FALHA

Salvo engano, trata-se de um dito do saudoso Millor Fernandes (1923 – 2012):

“A justiça farda, mas não talha”.

Naqueles nefandos tempos da ditadura militar, servilmente monitorada pelo governo ianque, quando os “inimigos” do regime eram simplesmente presos e “suicidados”, brincar com as palavras era brincar com fogo.

A justiça era fardada, e não talhava?

Talhava, sim, cortava, feria, matava, e como!!!

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PÂNICO NA LAVANDERIA

Muitos excelentíssimos parlamentares estão sob a mira de uma tal Lava Jato.

Esse nome, Lava Jato, direcionado a bandidos, é ofensivo aos veículos automotores.

Lava a jato é para carros, e não para limpar cuecas políticas borradas de paúra.

Se outro gaiato, lá no meio do nobre plenário, assistindo a uma reunião da “coisa nossa” (deles), gritar “pega ladrão!”, sairão todos fugindo em desabalada carreira (jargão hoje em desuso), ali não sobrará um, meu irmão…

Será um Deus nos acuda, uma debandada coletiva, com transeuntes atônitos sendo atropelados nos becos de Brasília, por fujões disfarçados de atletas engravatados treinando para a corrida de São Silvestre, na capital paulista.

De quem estariam fugindo? De um bando de assaltantes, ou seja, dos próprios colegas? Fugindo deles próprios, como isso é possível?

Quem não tiver condições de se escafeder, ficará escondido e encolhido debaixo de mesas ou dentro de armários, já que os banheiros estarão superlotados de outros fujões borrados, e lá não caberia mais nem uma mosca.

Os parlamentares honestos, e acredito que são a maioria (pelo menos, metade mais um), permaneceriam tranquilamente em seus postos, talvez até com vontade de parabenizar o gaiato que, sem querer, botou para correr a corja safada.

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CRIAS MESTIÇAS

ACASALAMENTOS DO ARCO-DA-VELHA

Cobra com porco-espinho, dá arame farpado.

Girafa com papagaio, dá alto-falante.

Vagalume com gente, dá lanterninha de cinema.

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AGORA, UM ASSUNTO SÉRIO

SEGURANÇA, OU INSEGURANÇA PÚBLICA?

A insegurança do povo do bem, é permanente.

Hoje, qualquer bandidão ou bandidinho “de menor”, possui uma ou mais armas, não de brinquedo, mas de guerra mesmo, desde revólver .38 até fuzil e metralhadora, armas de uso exclusivo das Forças Armadas.

Como explicar esse estado de coisas?

O Estatuto do Desarmamento foi um logro federal, levado a efeito por legisladores manipulados pelo crime organizado, com um objetivo: que as famílias honestas deixassem indefesos os seus lares, à mercê da bandidagem protegida por autoridades bifrontes, que jogam de um lado e de outro.

As pessoas honestas, foram enganadas e desarmadas.

Os bandidos presenteados com mais armas, agradecem penhoradamente.

Com o aumento populacional, a bandidagem e a criminalidade também aumentam; isto é elementar, meu caro Watson.

Os bandidos estão matando e roubando impunemente.

Só uns poucos deles, inexperientes ou órfãos de padrinhos políticos, são presos e condenados a uma pena ridícula, e mesmo assim acabam fugindo, nas barbas do governo.

Os diretores de presídios alegam que há fugas, porque há superlotação de presos.

Contem outra piada, por favor.

Os governos ajudam a construir obras faraônicas inúteis e superfaturadas (por exemplo, estádios de futebol, para meia dúzia de jogos, depois abandonados), mas não constroem mais presídios (isso não rende votos).

Medo de que sobrem vagas para eles, se e quando descobertos, condenados e presos?

Polícia, deixe de prender esfomeados que roubam galinhas magras para refeições de uma semana inteira.

Prenda os nababos que saqueiam o povo para banquetes pantagruélicos.

Porém, para combater melhor o crime organizado, seria necessário, com urgência urgentíssima, um duplo aumento às forças policiais.

Aumento dos seus quadros efetivos, com a nomeação de mais algumas centenas ou milhares de policiais; e aumento dos seus salários (aumento real, compatível com a importância da função, e não mero reajuste decorrente da inflação), para que não sejam forçados a um desgaste físico fazendo “bicos” (extras) em horário que deveria ser de repouso.

A jornada normal de trabalho, para os policiais, já é sacrificada e perigosa. Até pessoas de bem só sabem malhar a polícia, quando age com o devido rigor contra a bandidagem coitadinha…

A polícia está algemada, de mãos atadas. Os bandidos e seus padrinhos políticos estão rindo à toa.

Enquanto há escassez de policiais, há excesso de políticos, como no Senado.

São eleitos três senadores por estado, qualquer que seja o tamanho da população do estado que representam.

Para que duas casas legislativas federais?

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