CINCO JORROS DESABAFADORES E CINCO GOTAS DESOPILADORAS

CINCO (1-2-3-4-5) JORROS DESABAFADORES E CINCO (a-b-c-d-e) GOTAS DESOPILADORAS

1) A PEC DOS GASTOS DO GOVERNO FEDERAL

PEC é a sigla de Proposta de Emenda Constitucional, correto?

É preciso que conste da Constituição, ou Carta Magna, ou Lei Maior, é preciso que dela conste o limite de gastos para qualquer finalidade?

Ora, deve-se gastar só o que for estritamente necessário, nem mais e nem menos.

Se o custo for inferior ao “limite legal”, alguém embolsará as sobras?

E se for superior, não se faz o serviço?

A Constituição não pode ser emprenhada com baboseiras.

A Constituição, para valer, deve ser tão enxuta quanto possível.

A Constituição não é uma colcha de retalhos, trapos e farrapos, mal ajambrada, tratada como uma cueca política feita cofre de propinas.

As emendas, que mais parecem remendos, PEC pra cá e PEC pra lá, pecam e sapecam irresponsavelmente.

Despesas corriqueiras devem ser honestamente estudadas e autorizadas pelos políticos.

Afinal, para o quê (por favor, não confundam com caraoquê) eles foram eleitos?

Só para meter a mão grande no erário, e criar leis inócuas ou favorecedoras de minorias duvidosas?

Gastos atrelados à inflação, blá blá blá!

Os índices mostrados nem sempre são corretos, confiáveis; podem ser manipulados, tal como os resultados de “sorteios” das loterias acumuladas da Caixa (CEF, “vem pra Caixa você também”, chamariz prostibular) “adivinhados” por sortudos alaranjados da confraria.

A criação da PEC DOS GASTOS não passa de conversa pra boi dormir, é despistadora, hipócrita e demagógica.

2) O BANQUETE PRESIDENCIAL PARA 400 CONGRESSISTAS

Banquete pantagruélico para comprar e premiar congressistas, alguns ou muitos deles, vorazes chupins republicanos.

Banquete para comprar a aprovação da absurda PEC DOS GASTOS, e para premiar o “impiche” de DILMA VANA ROUSSEFF.

O “impiche” foi um golpe sujo do traidor Michel Temer, mero vice de Dilma na chapa eleita com 54 milhões de votos.

O golpista agiu como um medíocre mas abastado jogador reserva de um time de várzea, que em meio à partida, paga uma cerveja ao juiz para que ele expulse, por falta inexistente, um companheiro titular, e assim abiscoitar o seu lugar.

Embusteiro, Embustemer, Heil Temer, Führer tupiniquim, capitão do golpe e cafetão dos congressistas “impicheiros”, caia fora com uma desculpa qualquer antes que o povo o escorrace!

Enquanto Suas Excelências venais se banqueteavam à farta, o povão honesto e trabalhador mal podia comprar o mísero pão de cada dia, ou dia sim dia não, ou uma vez por semana.

O banquete foi financiado com o dinheiro de quem? Dele, Temer golpista, ou dela, primeira-dama bela, recatada e do lar, ou do Michelzinho, gênio financeiro bilionário aos sete aninhos de idade?

Ou foi financiado com o dinheiro desviado da saúde do povo?

Se inventaram essa mistificadora PEC DOS GASTOS, no banquete promoveram os GASTOS DA PEC, da peculatagem que não consta do Houaiss, mas que rima com chantagem.

3) A MESÓCLISE COPULATIVA

“Se pudesse, fá-lo-ia, falo ia, falo vinha, ia e vinha, ia e vinha, sem parar, no de vocês. Porém, não fá-lo-ei, você que esperem, sou o dono do reino e tenho mais o que fazer, cambada de bobocas. Qui-lo-ia agradar a todos, mas preciso cuidar bem, e muito bem, dos meus bens e dos bens da minha gente, e disso orgulhar-me-ei para sempre, corja de desprezíveis pobretões  mestiços”.

Pensamento do rei da Brasilândia…

4) BANDIDOS PROTEGIDOS POR UM TAL DE ‘FLAGRANTE’

Esse tal “flagrante” constitui um flagrante atentado contra as vítimas da bandidagem.

Durante um certo período, alguns dias, antes e depois do dia de uma eleição política qualquer, nenhum facínora, mesmo condenado, foragido, reconhecido e não eleitor (e se for eleitor, e se votar, votará em um candidato tão ou mais bandido do que ele próprio, eleitor criminoso, e por isso as câmaras municipais, as assembleias legislativas estaduais e as duas casas legislativas federais, além dos executivos dos três níveis, encontram-se infestados de lalaus), nesse período de farra eleitoral, nenhum facínora poderá ser incomodado só porque, antes, ele não foi preso no momento do seu crime, “em flagrante delito”.

Aí, para não melindrar os honoráveis bandidos, a lei é religiosamente cumprida. Eles são intocáveis.

Em outros casos, pessoas comuns, sem vínculos políticos, são presas arbitrariamente, torturadas, mortas, sumidas, e aí, cadê a lei, os direitos humanos?

A justiça, que nem sempre cumpre o seu dever, também promove o tráfico, não só de influência, mas o tráfico de sentenças judiciais.

Compete, em termos de lucratividade, com o tráfico de drogas.

Tráfico de sentenças judiciais e tráfico de drogas, magistrados traficantes de sentenças judiciais e iletrados traficantes de drogas, destruidores da saúde econômica e da saúde pública da população explorada.

Juizotraficante e narcotraficante, dois flagelos da sociedade.

Sentenças judiciais e drogas são farinha do mesmo saco, mercadorias altamente lucrativas no comércio escancarado.

5) A PERSEGUIÇÃO AOS POLICIAIS MILITARES QUE CUMPRIRAM O DEVER DIANTE DA REBELIÃO NO CARANDIRU

Defensores de direitos humanos continuam batendo na tecla da punição aos policiais militares que, em inesperada situação de guerra, para defender a população (havia o perigo de uma fuga em massa dos detentos rebelados, e quais teriam sido as consequências? Assaltos, invasão de lares, assassinatos, quem sabe?), sob a pressão do momento, reprimiram a rebelião com aquelas trágicas, mas não premeditadas, consequências. Fatalidade atroz…

Por essa repressão que resultou na morte de 111 presos amotinados, certas associações erradas de indevidos direitos humanos, demagógica e tardiamente, decorrido um quarto de século, insistem na condenação dos policiais militares envolvidos na ocorrência.

Estimulados pela organização criminosa PCC, subservientes (só?) julgadores de todas as instâncias, condenam os “réus” policiais militares a penas absurdas e ilegais, de até algumas centenas de anos de prisão (a pena máxima prevista na legislação penal, é de 30 anos), penas matusalênicas, a serem cumpridas parte enquanto vivos, e o restante no além, espiritualmente, depois de mortos.

Essa turma dos direitos humanos de bandidos, que invectiva contra os policiais, militares, será que essa turma lamenta de verdade a morte dos presos, sabe pelo menos o nome completo de um só dos 111 mortos pelos quais derrama lágrimas de crocodilo, que crime ele cometeu, e visitou a família dele para confortá-la?

Mais importante, essa turma alguma vez se solidarizou também com o outro lado, com os familiares das vítimas dos bandidos chorados?

Essa turma deveria processar o Estado, se ainda não fez isso, em nome dos familiares dos presos mortos. Fez ou está fazendo?

As periódicas e incessantes manifestações rememorativas do Carandiru, visam deixar a Polícia Militar de braços atados, visam, mais do que isso, indispor a população com a instituição, para que rebeliões e fugas em massa possam ocorrer impunemente.

Se isso acontecer com graves consequências para a população, então a culpa será da Polícia Militar, por omissão, covardia, cumplicidade…

Já é mais do que passada a hora de arquivar no baú do esquecimento, essa página virada da história, e de preocupar-se com questões realmente importantes.

Por acaso, algum desses ferrenhos defensores dos direitos humanos dos bandidos, algum deles se preocupou em elaborar uma estatística de quantas pessoas inocentes são assassinadas por bandidos, só na capital paulista, durante um determinado período?

Certamente, muito mais do que 111, mas esse fato não é percebido, porque as mortes inocentes acontecem no “varejo”, pouco a pouco, e não no “atacado”, como se deu no Carandiru.

As críticas tendenciosas contra a corajosa, honesta e justíssima absolvição dos policiais militares, não passam de mero pretexto dos inimigos da ordem, para desmoralizar toda a centenária e imprescindível corporação, ontem Força Pública, hoje Polícia Militar do Estado de São Paulo.

a) PLEONASMO E SARCASMO

Dupla de dois é pleonasmo, dupla de três não existe, mas dupla de quatro já é sarcasmo, duas pessoas de gatinhas, catando cavaco.

b) ESTUPRO E “ESTRUPO”

Alguém ouviu outrem falar “estrupo”, e comentou: “Nossa! Estão estuprando o português!” Outro alguém, distraído ou espirituoso, emendou: “coitado do Joaquim!”

Claro que o português estuprado era o idioma, e não uma pessoa.

c) DESOPILAR E DEPILAR

Um sujeito, quem sabe galhofeiro, disse em público que fazia algo para “depilar” o fígado, não para desopilar.

Eta, fígado cabeludo!

Os pelos pubianos se infiltraram barriga adentro, “perucando” ou “pentelhando” o fígado careca…

d) CRIME HEDIONDO E ATO INFRACIONAL

Um crime hediondo, dependendo de quem o comete, não é crime hediondo.

Se cometido por um “de menor”, mesmo aos 17 anos, 11 meses e 29 dias de idade (na duvidosa certidão de nascimento), não é crime hediondo, é mero ato infracional, e o “infrator” não é preso; é “apreendido” e hospedado na colônia de férias chamada Fundação Casa (antiga FEBEM), sustentada pelos familiares das vítimas deles.

Lá, parece que só comem e se divertem, e não trabalham.

São mais protegidos que os menores carentes não bandidos.

Os menores não bandidos podem ser fotografados “roubando” restos de comida estragada na lata de lixo de algum restaurante.

Já os menores realmente bandidos não podem ter nem a cara nem o nome mostrados pela imprensa.

Pelas leis penais, verdadeiras pérolas falsas, as coisas se transformam conforme a sua aplicação.

Assim, por exemplo, uma banana, banana fruta e não banana gesto (aqui pra vocês, oh), se bicada por uma galinha, deixa de ser uma banana, deve ser chamada de milho ou de quirera, uma quimera!

Resumindo, um ovo omeletado é um pinto frustrado…

e) MANQUITOLA E TORNOZELADO

Agora é comigo, com igo ou sem igo. Capengando, claudicando, coxeando, mancando, não sei qual é o verbo mais apropriado ou se tudo é a mesma coisa, mas isso pouco importa, só não me agrada imaginar alguém cochichando para outro alguém, “olha ali, aquele velhote parecido com o japonês da Federal, só faltam os óculos escuros, ele deve estar usando tornozeleira, pelo jeito como se arrasta”.

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(APÊNDICE)

CIRCO E CONGRESSO

O circo leva (traz) alegria ao povo.

O Congresso leva (trai) a alegria do povo.

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Uma vez, num circo, um velho leão, manso e desdentado, escapou do picadeiro e saiu a passear entre a plateia.

Foi um corre-corre dos diabos, gente aos encontrões subindo e descendo pelas arquibancadas.

Aliviadas do peso das pessoas que debandaram, duas tábuas que serviam de assento voltaram à sua posição original, e aprisionaram o fundilho das calças (e algo mais, do seu interior) de um infeliz distraído.

Se tentasse safar-se na marra, correria o risco de virar eunuco em terra que não dispõe de harém nem odaliscas, para nenhum aproveitador gemer “beliscas que eu gosto”…

(Aviso aos navegantes: em qualquer lugar e situação, nunca sente, do verbo sentar e não do verbo sentir, sobre a junção de duas tábuas).

Matemático, de raciocínio rápido, não pensou duas vezes, as tábuas algozes se envergariam sob o peso dos assentados, e assim libertariam o seu bem mais precioso, então ele apelou: “ei, pessoal! Volta! Senta que o leão é manso!”

É sempre assim, a gente se engana, desconfia dos seres inofensivos e dá trela aos vigaristas.

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Uma vez, num Congresso, a Polícia Federal apareceu de repente e ali prendeu, não deputados e senadores (fato surpreendente, inusitado), mas policiais legislativos, colegas de outra área, para alívio dos políticos ali presentes.

Quando a Polícia Federal adentrou aqueles recintos semi-esféricos, um virado para cima e outro para baixo, foi um deus-nos-acuda.

Pensando que era a turma da Lava Jato em busca deles, depois que o Cunha foi engaiolado, os poucos congressistas ali se coçando, temerosos de serem também “curitibados”, puseram-se em debandada.

Alguns ainda escondidos e trancados nos banheiros, com as cuecas borradas; outros correndo até agora pelas avenidas de Brasília, disfarçados de maratonistas engravatados.

Um que não teve tempo para fugir, e ficou escondido debaixo de uma poltrona, quando percebeu que a Polícia Federal estava atrás só dos policiais da casa, gritou  como o dono de saco preso no circo: “ei, pessoal! volta! senta que o Cunha já foi amansado, ficou manso”.

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O perigo é o Cunha abrir o bico.

Se ele dedurar todos os ex-colegas de ofício que o deixaram na rua da amargura, será como o ladrão gritando “pega ladrão”, e aí não sobrará um, meu irmão…

Mesmo enjaulado, o Caranguejo será capaz de ferroar aqueles que o “traíram”.